Mamãe...como ela mesmo me diz desde que nasci, “mãe é aquela que cria”.Então, eu não poderia ter mãe melhor nesse mundo do que a minha!Não foi do ventre dela que nasci, mas por ela que fui criada, desde minha 1ª respiração fora da placenta da minha mãe biológica.E como dizem por aí, avó é mãe duas vezes.Então, de todos os jeitos ela é minha mãe, sou sua cria.Mas ela é muito mais do que isso, é MINHA ÚNICA E MELHOR AMIGA.




Agradeço todos os dias por ser você a minha MÃE.Hoje que completas 74 anos, lhe vejo mais jovem do que nunca.Sempre mais vaidosa, cheia de energia, compromissos... Tem muito mais disposição do que eu, sinceramente.Nunca cansa.E sinto muito orgulho de ti, minha mãe, por ser tão HUMANA com todos.Triste daqueles que não te não conhecem.




Parabéns mamãe!PARABÉNS por ter vivido todos esses anos mesmo que as dificuldade e os sofrimentos estivessem presentes.PARABÉNS por ter sido mãe para tantos filhos.PARABÉNS por ser tão fiel e leal com tudo que acreditas.PARABÉNS por ser tão forte.PARABÉNS por tolerar e compreender quem tanto te machucou, e mesmo assim foste amiga, quando todos esperavam que fosse indiferente.PARABÉNS por me amar tanto e por ser tão amada por este coração que explode de amores por ti.PARABÉNS pela paciência, por nunca ter se abatido, por nunca ter se acomodado e por sempre lutar ao lado dos seus filhos.PARABÉNS pelo seu coração solidário, benevolente e caridoso.PARABÉNS pela coragem, pela garra e por jamais desistir do que quer.




Jamais esquecerei mamãe querida, dos sacrifícios que passamos juntas e que somente nós duas sabemos. Muito OBRIGADA por ter me acolhido, ter se doado...OBRIGADA por encher minha vida de amor, cuidado, atenção, proteção...Me deste provas de amor que eu não sei como lhe retribuir na mesma medida.Não esqueço de como sofres junto comigo, não esqueço quando lhe reclamei que eu só tinha irmãos e por isso me sentia sozinha e me dissestes:"mas eu estou aqui para conversar sobre o que quiser”.Não esqueço da vez que te contei chorando, minhas decepções amorosas e choraste junto comigo(isso é raro, ela NUNCA chora).Certamente pensou:”Minha filha não merece isso”... Amor de mãe é a coisa mais gostosa e colorida desse mundo.Faça o que fizer, ela nunca deixa de nos amar...
FELIZ ANIVERSÁRIO minha amada!Meu tesouro! Minha costela nestes 23 anos que compartilhamos o sono! Minha coroa enxuta!




Mesmo que você acorde e adormeça gritando meu nome, consiga me irritar com tantas perguntas e “investigações” e sua disposição descomunal de ir ao supermercado todos os dias e andar a Rua Grande inteirinha... Mesmo que somente você consiga me deixar com muita raiva.Eu tenho um amor que somente a você pertence.E ele é tão grande que suporta o gênio da escorpiana “das brabas” que és.Se ficas longe por dois dias, eu já choro de saudades das tuas gritarias dentro de casa.Da tua eterna companhia, das tuas palavras, dos teus ouvidos, das tuas “viagens” e do teu cheiro único de mãe!
FELIZ ANIVERSÁRIO!PARABÉNS E MUITO OBRIGADA POR EXISTIR E SER A MELHOR MÃE DESSE MUNDO.
















"Eu sei que vou te amar


Por toda minha vida eu vou te amar


Em cada despedida eu vou te amar


Desesperadamente eu vou te amar


E cada verso meu será pra te dizer


Que eu sei que vou te amar por toda minha vida


Eu sei que vou chorar


A cada ausência tua eu vou chorar


Mas cada volta tua há de apagar


O que essa ausência tua me causou


Eu sei que vou sofrer


A eterna desventura de viver


À espera de viver ao lado teu


Por toda a minha vida "




(Vinícius de Moraes)
Nestes três últimos dias andei refletindo sobre algumas coisas que sempre me incomodaram e que, felizmente, nunca tapei meus olhos. Desde que entrei na faculdade digo que mudei (para melhor), percebo que me torno a cada dia uma pessoa menos alienada, logo, um pouco mais esclarecida. E esse mesmo discurso eu já ouvi e ouço de colegas, de professores, de todos aqueles que de alguma forma fazem parte de um espaço voltado para o conhecimento científico(pensa-se).E no decorrer do tempo, formamos grupos de estudos bem particulares, participamos de grupos de pesquisa/extensão e também dos grupos de estudos idealizados pelos professores.

E assim, “avançando” a cada período - falo especificamente do curso de Direito- nos julgamos críticos, solidários, altruístas, progressistas,militantes pelas causas sociais... Trancamo-nos em um “mundo” que nos faz ter a ilusão que temos alguma coisa tão mais especial do que aquele que leu somente um cebolinha na vida- até que realmente poderíamos ser, mas NÃO SOMOS.Alguns se tornam até antipáticos, cheios de palavrinhas, brocardos e outras frescurinhas que só fazem parecer mais patéticos do que já são.O que acontece no mundo real é o inverso,acreditamos possuir autoridade para falar de qualquer assunto e não nos permitimos contatos com algumas pessoas, por puro preconceito e vaidade.
A verdade é que nos tormanos ridículos, formalistas, frios, falsos moralistas, egoístas e mesquinhos. Travamos discursos sobre emancipação segundo Paulo Freire, segundo Boaventura... e quando temos uma simples oportunidade de compartilhar um “pequeno” conhecimento ou uma “pequena” informação com um colega de turma, preferimos não dividir para que ele não faça o mesmo que eu fiz, para que ele não escreva o mesmo que escrevi, e sobretudo, para que ele não tire nota melhor do que a minha.Debatemos as críticas feitas ao Direito e aos juristas por Bourdieu, e até mesmo Marx, com uma visão tão ortodoxa(em alguns pontos realistas), nos empolgamos, sonhamos salvar o mundo, ser um jurista diferente(para quem prefere:operador do Direito), mas somos iguaiszinhos a todos aqueles que achávamos ou achamos uns idiotas vestidos de paletó e gravata(há raras exceções).

Nossa linguagem se torna quase que inacessível, até nosso modo de se vestir - somos mais padronizados do que nunca-Mas mesmo assim, continuamos nos achando diferentes.Cheios de si porque lemos o filósofo tal, o pensador tal, gostamos do estilo de música tal...Mas, infelizmente, somos todos igualmente ridículos.Repetimos tudo aquilo que criticamos, tudo(ou quase tudo) aquilo que dizemos causar ojeriza, indignação...

Eu tenho pena de mim, eu tenho pena de ti, pena de todos aqueles que vivem iludidos, tentando provar dia após dia que é o mais inteligente, o mais humanitário, que decorou todo o código de processo civil, que participou de grandes e bons congressos, que aprendeu a diferença entre acessória jurídica e assistência jurídica, que entendeu e que LEU a "razão pura" de Kant,que lê Kelsen...

Tenho pena daqueles que vivem no erro, na vaidade, no orgulho, na linguagem que distancia;na falta de educação que machuca;na fantasia de que tem algum poder divino e que por isso deve ser idolatrado e tido como ídolo .Eu faço parte de tudo isso, você faz parte de tudo isso.Me julgo crítica porém, deixo passar como uma simples(por COMODISMO) realidade algo que afirmo repudiar.Porém, eu me reconheço e não sou HIPÓCRITA.
Ninguém que pense que me engana através de discursos, de demonstrações públicas de intelectualidade, odeio pseudo qualquer coisa.Quem É alguma coisa ou “TEM” alguma coisa ,não precisa contar nada para ninguém, simplesmente, agem conforme os seus ideais.Foram e são aqueles que realmente construíram algo para uma coletividade,para o bem comum... no anonimato, sem fama,sem as luzes, sem o status...

Tenho pena acima de tudo, desse povo que não teve acesso ao cebolinha e que são humilhados todos os dias por gente que após ter lido “milhares” de livros durante alguns anos, não aprenderam o que é SER HUMANO.Mas não se enganem, os analfabetos são espertos e inteligentes.Talvez bem mais do que você que se vangloria cantando mentiras aos ventos, banalizando crueldades que comete e que concente todos os dias; silenciando opressões que seus olhos já acostumaram ver...e sendo mais um fantoche da vida, porém, na utópica luta "por um mundo melhor".

PS:Momento oportuno para eu deixar aqui a poesia da Cleide Canton que o seu verso final pertence a Ruy Barbosa, como já rola há um bom tempo aí pela internet.


"Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligencia com a família, célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar atos criminosos,
a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre "contestar",
voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto."
Eu não suporto falar sobre morte, não no mundo concreto.Não consigo encontrar nenhuma palavra, nenhum gesto quando falece um parente de algum conhecido ou até mesmo alguém tão próximo e especial para mim.Não vejo significado em dizer “meus pêsames”, eu prefiro o silêncio do que isso. Parece-me que qualquer palavra é uma enorme indelicadeza. Sei lá, esse é um assunto tão difícil para mim.Algumas pessoas definitivamente, JAMAIS, deveriam morrer.

Este ano e o ano passado perdi pessoas muito próximas, uma delas levou junto comigo muita esperança e muito da minha própria vida,apesar dela ter me deixado os melhores conhecimentos para eu ser feliz nesta terra.

Eu nunca tinha ido a velório antes, muito menos enterro. Eu nunca senti tanta dor, tanto sofrimento antes na vida.Não tanto pelo velório, mas o enterro? O que é aquilo?Morro de arrependida de ter presenciado uma cena tão cruel.Para mim é uma atitude monstruosa. Foi uma tortura ver alguém que eu tanto amo, que me dava os melhores conselhos que uma garota/mulher tão insegura quanto à vida poderia ouvir, me conhecia como ninguém e o mais importante, acreditava em mim e nenhum segundo da vida me tratou como se eu não fosse fracamente humana, ao contrário do que a maioria das pessoas fazem... Olha-lá dentro de uma caixa colocada em um buraco e depois coberta de terra... nunca chorei tanto na vida.Todo mundo me diz que isso é natural, que é assim mesmo... mas eu não aceito, eu não entendo, isso me fere, me destrói.
Por isso, se em alguns momentos da morte de algum conhecido, um amigo ou mesmo de alguém que amei com todo o meu coração eu me “comportei mal”, eu não falei o que deveria, eu não estava presente... é porque não consigo encontrar qualquer gesto de conforto.Acredito que o máximo que posso fazer é dar um abraço sincero, sem palavras.Ao contrário do que demosntro e do que alguns pensam, eu sofro muito com o sofrimento alheio e não sei em qual momento da vida a morte será algo natural para mim.Para aqueles que me mantive em silêncio, perdão!Mas saibam que foi por respeito e por não encontrar nenhuma forma de expressão que minimizasse meu sofrimento e , principalmente, o sofrimento “alheio”.Perdão, mas não consigo presenciar enterros, eu morro um pouquinho junto daquele que vai ali dentro.
PS: Creio que somos muitos mais do que carne, mas ainda não sei conviver com essa dureza.
"Perdido seja para nós aquele dia que não se dançou nem uma vez!E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por sua gargalhada"
(Nietzsche)