"Um pobre e esplêndido poeta, o mais atroz dos desesperados, escreveu esta profecia: 'Ao amanhecer, armados de uma ardente paciência, entraremos nas esplêncidas cidades'. Eu creio nesta profecia de Rimbaund... Sempre tive confiaça no homem.Não perdi jamais a esperança.Por isso talvez cheguei até aqui com a minha poesia, também com a minha bandeira.Em conclusão, devo dizer aos homens de boa vontade, aos trabalhadores, aos poetas, que todo o porvir foi expresso nessa frase de Rimbaud:só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade a todos os homens.Assim a poesia não terá cantado em vão"
(Do Discurso no Prêmio Nobel de Literatura-Traduzido por Thiago de Melo)