Diante alguns acontecimentos gloriosos nos últimos meses, andei refletindo o quanto sou, ou melhor, somos carentes de abraços.Não falo daqueles cumprimentos formais, ligeiros e artificiais, mas de abraços fraternos, verdadeiros, acolhedores, que de tão profundos conseguem abraçar nossa alma.E são esses abraços que nos abastece para continuar na luta,nas dificuldades do dia- dia, daquelas dores que fazem o coração sangrar, da frieza que quase sempre vamos encontrar em muitas das portas que abrirmos, e principalmente, daquelas fechadas bem na nossa face, seja através de um olhar de desdém,de palavras duras, da arrogância, mas principalmente pelo silêncio que jamais abraça.

Mesmo carentes de abraços, tememos abrir os braços para quem queremos bem,para quem aprendemos a gostar, quem nos ensinou uma boa lição,para um colega de turma que repentinamente muda o nosso dia com poucas e suficientes palavras...Tememos demonstrar nossos sentimentos, controlamos nossa natureza humana de querer se sentir vivo através de um contato, um gesto que conforta, que da vida, que agradece,que deseja, consola... principalmete, que alimenta nossas frágeis certezas que disfarçamos atrás da indirença,da frieza, da cautela...Por quê? Somos demasiado fracos e covardes para mostrar que antes de ser médico,engenheiro,empresário, professor, colega de serviço, advogado,juiz... somos carentes e solitários,humanos.

Essa vai para minha lista do que fazer antes da morte chegar: abraçar "todos" àqueles que sentir vontade. Viva o abraço!

PS: Parece que tô super carente, não é? Mas quem não esta?!