Sinto muito, mas eu não quero status, quero respeito, e quero ser feliz, mais da MINHA maneira, da forma que eu achar que me satisfaz, que me faz mais plena, radiante...
A minha qualidade de vida não é determinada pelo que as propagandas, “os superiores”, os mais experientes, o capitalismo(claro)... “diz”, mas pelas minhas escolhas.Aquilo que me satisfaz não esta escrito em nenhum manual.Não há receita pronta do que devo e não devo fazer para ser feliz.Essa construção é minha, é a partir daquilo que valorizo, do que me faz sorrir, chorar, cantar, aplaudir, desejar...
Não me venham com conselhos calculistas, metódicos do que devo fazer para ser “alguém na vida”; para ter “estabilidade”; “qualidade de vida”; “independência”; “reconhecimento”...tudo isso não se chama outra coisa senão acumulação de dinheiro, egoísmo, isolamento, frieza... Esse papo de “ser alguém na vida” quem escolhe o que é SER, o que faz bem, sou eu.
Não adianta, algumas pessoas nunca seguirão sempre os mesmos caminhos, aqueles já delimitados por nossos ascendentes que se “deram bem na vida”.Vou me dar bem na vida se eu realizar os meus sonhos, e eles não foram projetados pela sociedade, pelos meus pais, minhas escolas, meus professores...
Foram construídos a partir daquilo que admirei, daqueles que me cativaram, me emocionaram, me deram exemplos de SER HUMANO, de dignidade humana... a partir dos valores que aprendi e apreendi.A partir dos ídolos que eu transformei nos MEUS ídolos.Por que eu vou querer me tornar fria se sou quente? Por que vou ser hipócrita, se não consigo deixar de ser sincera? Por que serei arrogante e metida, se eu adoro a simplicidade e as pessoas mais simples? Por que vou tratar um “subordinado” com poucas palavras para deixá-lo “no lugar dele”, se o lugar dele é ao “meu lado”?Por que vou rejeitar construir, olhar e trocar idéias com quem me diz :“EU QUERO SER TEU AMIGO(A)”, se não sou nada nessa vida sem alguém que possa me ouvir e me ajudar a continuar vivendo? Por que vou me enclausurar numa sala, super bem vestida e muito séria se eu adoro dar gargalhadas e falar bobagens?Por que vou deixar de conversar com um mendigo, uma criança que esta na rua se me interessa o que eles têm a me dizer?Por que terei de ser econômica, ou seja, mesquinha, se eu adoro ser generosa?Por que eu vou sorrir, sair, me reunir com pessoas fúteis enquanto minha vontade é de mandar todos...?Qualidade de vida é isso? Não para mim.Não é qualidade para a minha vida.Ironicamente é o inverso.
Logo, não são vocês; não é o “Doutor”;não és tu; não é o s-i-s-t-e-m-a que vai ditar o que eu devo fazer.Acaso eu tenha status, foi meramente isso, um acaso.Não preciso ser reconhecida nem aprovada pela opinião alheia que há muito é deturpada.
Eu preciso das pequenas coisas que fazem parte de mim-certas músicas, os livros que li,os filmes que assiti, meus momentos de descoberta,as surpresas, as palavras, as decepções, o silêncio, a saudade,o amor, a dor, as frustrações, as brincadeiras,as vitórias,os esforços, as gargalhadas, as lágrimas, as viagens, as aventuras,as recuperações, as fugas,as perdas,a união e desunião da família,as loucuras,os filhos que adotamos, os professores da vida,as primeiras experiências, as amizades, o ineditismo... ou seja, a minha história e das pessoas que fizeram e fazem parte dela ... para que eu realmente seja feliz e tenha “qualidade de vida”, sempre, a partir das minhas escolhas.
Sinto muito, mas não me venha com conselhos medíocres e exemplos de atitudes hipócritas. Sou EU quem escolhe.
OBS: É sim um desabafo!Direcionado àqueles que me dão conselhos que me deixam triste e frustrada, porque ainda resta em mim uma resistência às "leis" do capitalismo...Isso não é clichê, é ele mesmo o culpado: capitalismo.
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